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Bitcoin poderá chegar a US$ 120 mil em julho?

O mês de junho trouxe muitos altos e baixos para o mercado de criptomoedas. Começou com uma crescente tensão geopolítica, especialmente entre Israel e Irã, mas viu um alívio no final, graças a um cessar-fogo. Essa pausa trouxe um clima propício para os investimentos, especialmente em ativos de maior risco, como o Bitcoin, que voltou a se aproximar de suas máximas históricas.

Durante este período, o Bitcoin teve um desempenho notável. Ele chegou a superar os US$ 110 mil em alguns momentos e, com a crescente aceitação institucional, a movimentação nos ETFs de Bitcoin alcançou cifras impressionantes, passando de US$ 1 trilhão. Esse crescimento reflete um grande interesse por parte de investidores que veem o Bitcoin como uma boa oportunidade.

Além disso, os contratos futuros de Bitcoin se mostraram bastante ativos, com o open interest saltando de US$ 7,5 bilhões para US$ 31,2 bilhões. Isso demonstra que o mercado está se movendo rapidamente, com muitos traders explorando a alavancagem e diferentes opções.

Macroeconomia global: conflitos e alívio monetário

Ana de Mattos, uma analista de mercado, ressalta que, apesar das tensões internacionais, o Bitcoin conseguiu uma variação significativa de preços, oscilando entre US$ 98 mil e US$ 110 mil durante junho. O grande destaque foi quando o Bitcoin passou dos US$ 108 mil, impulsionado por três fatores importantes. O primeiro foi o pedido de ETFs de Bitcoin e Ethereum pela Trump Media & Technology Group. O segundo, foi o avanço do ETF de XRP no Canadá. Por último, o JPMorgan anunciou que iniciará a oferta de serviços ligados a criptoativos.

Essas notícias resultaram em uma reação imediata positiva no preço do Bitcoin, que subiu cerca de 3%, enquanto altcoins como XRP e Chainlink também apresentaram crescimento. Ao contrário de situações passadas, como a guerra na Ucrânia em 2022, o mercado se mostrou mais maduro. Depois de uma breve queda, ele rapidamente se recuperou, demonstrando que o capital institucional está ajustando suas estratégias, mas não abandonando o mercado.

Eventos relevantes: avanço institucional e clima regulatório favorável

O interesse institucional por criptomoedas só tende a crescer. O pedido de ETFs pela Trump Media & Technology Group e novos produtos financeiros anunciados por gestoras como Purpose e JPMorgan mostram que o setor está se expandindo. Esses eventos ocorreram em um momento ideal, com a redução das taxas de juros e a diminuição das tensões geopolíticas, atraindo mais capital para as criptos.

Do ponto de vista regulatório, as notícias também foram encorajadoras. A SEC dos EUA teve um semestre mais tranquilo, encerrando processos contra grandes exchanges e adotando uma postura mais favorável. A Ripple Labs retirou sua apelação contra a SEC no caso do XRP, o que ajudou a impulsionar o preço da moeda. Ana observou que, pela primeira vez em anos, investidores institucionais veem um ambiente regulatório menos assustador.

Além disso, a alta procura por stablecoins, especialmente durante as tensões entre Israel e Irã, ilustra uma nova estratégia de proteção dos investidores. O volume diário do Tether (USDT), por exemplo, superou os US$ 50 bilhões, evidenciando como essas moedas podem funcionar como um porto seguro.

Bitcoin vai subir até US$ 120 mil em julho?

Atualmente, o consenso é que o Bitcoin se encontra em uma fase de consolidação, variando entre US$ 105 mil e US$ 110 mil. Os fluxos institucionais ainda são positivos, mas o mercado aguarda novos fatores para retomar a tendência de alta.

Há expectativas de que o ambiente econômico, favorável ao afrouxamento monetário, possa impulsionar o Bitcoin. Se isso ocorrer, o capital pode migrar para ativos mais arriscados, como a criptomoeda. Contudo, será fundamental acompanhar as movimentações futuras do FOMC e a evolução dos ETFs para ter uma ideia mais clara.

Ana aponta que um cenário otimista indicaria um rompimento acima de US$ 112 mil, levando o preço entre US$ 118 mil e US$ 120 mil. Em contrapartida, um cenário neutro veria o Bitcoin oscilando entre US$ 102 mil e US$ 110 mil enquanto os investidores aguardam por novos sinais do mercado.

Por outro lado, um panorama pessimista poderia trazer correções para valores entre US$ 97 mil e US$ 94 mil, especialmente se houver mais tensões no cenário geopolítico. O mercado tende a ser volátil em períodos de instabilidade, mas esses momentos também podem reforçar a ideia do Bitcoin como uma reserva de valor.

Ana aconselha que o momento é propício para estratégias de aporte mensal, permitindo que o investidor crie um preço médio ao longo do tempo. Ele deve aproveitar quedas estratégicas e evitar compras por impulso durante os picos de euforia. É essencial manter um capital disponível, reequilibrar a carteira e dar prioridade a ativos com fundamentos sólidos para navegar com segurança por essa fase.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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